Interessante como as coisas acontecem no nosso dia a dia. Como um pensamento leva a outro rapidamente!
Dan Phillips, do Pyromaniacs, postou hoje a continuação de sua avaliação do Bible Works (excelente software para estudo bíblico!), fazendo algumas perguntas que me fizeram pensar.
Resumindo, ele questiona:
- Não é fascinante a quantidade de material disponível para estudo da Palavra?
- Mais fascinante: Pense em Agostinho, Lutero, Calvino, etc... Não tinham nem um percentual daquilo que temos hoje, e como produziram!
- Então, levando em consideração as duas perguntas anteriores, não é chato o fato de que temos produzido - e realizado! - tão pouco?
Realmente, como somos preguiçosos! Os caras do passado não tinham essa quantidade de material, mas fizeram tanto pelo Reino. Hoje, você pode escolher muitas e muitas bíblias de estudo, comentários, dicionários, e muitos outros "ários" que você precisar, mas o resultado disso na nossa vida, na nossa casa, na nossa igreja, na nossa cidade e no mundo tem sido tão pequeno!
Será que nos acostumamos com a facilidade? Será que a luta, a dificuldade, a falta, nos faz melhores pessoas? Fico pensando no tipo de cristãos que somos hoje e o tipo de cristão que existia na época das perseguições.
Não precisamos ir longe no tempo para verificar isso. Pense nas tribos que estão sendo evangelizadas hoje. Um bom exemplo é o pastor (esse sim, apóstolo) Ronaldo Lidório. Foi para o meio da África, encontrou os Konkombas, escreveu a gramática da língua desse povo e traduziu a Palavra.
Antes de conseguir ter a Bíblia na língua, as pessoas daquela etnia decoravam os textos bíblicos, e viajam dias até sua tribo para falar de Deus para os de sua casa. Me lembro do pastor Ronaldo citando o caso de uma mulher que, depois de três dias de caminhada, esqueceu uma parte do texto.
Ela não continuou, pensando: "Eu faço uma paráfrase. Falo o que entendi". Não! Ela voltou três dias caminhando para decorar mais uma vez o texto!
É, o que me parece, o que a escassez faz com o homem. Quem não tem comida - e tem muita gente nessa situação no mundo - dá muito valor ao pouco que aparecer. A gente, com muita fartura, fica gordo e joga um monte de comida fora.
Podemos dar uma parada e pensar um pouco nisso? E, pensando, podemos tomar uma atitude na direção da mudança, da vida mais plena em Jesus?
Dá próxima vez que a luta aparecer, seria legal a gente pensar que pode ser Deus nos fazendo melhores, nos tornando menos acostumados com a fartura.
7 comentários:
É verdade, Dadi. Por isso também que o povo que vai se convertendo no sertão fica muito mais firme do que muita gente aqui, onde as coisas são mais fáceis. Adorei o texto!
Pois é Ju...Mas podemos mudar essa história. Depende de cada um de nós!!
Beijos
"Da próxima vez que a luta aparecer, seria legal a gente pensar que pode ser Deus nos fazendo melhores, nos tornando menos acostumados com a fartura".
Com certeza, José Eduardo, tudo tem um propósito. O amor de Deus por nós é tão grande, que Ele jamais deixará de nos ensinar. E o Seu desejo é que vivamos uma vida verdadeira, a vida que Ele traçou para cada um de nós, e isso com certeza, Ele não abre mão.
Ele está sempre atento conosco, nós é que infelizmente nem sempre estamos com o coração aberto ou com os ouvidos aguçados para ouvir a Sua voz.
Nesta semana participei de uma reunião evangélica para a organização de um evento. E confesso que saí um pouco pensativa de lá e explico. Além dos assuntos principais, sempre corre um paralelo e vc sabe como é uma reunião de mulheres, não é? rsrs
O assunto paralelo era sobre viagens, viagens frequentes a Israel, a Nova York, a Europa, etc.
No instante em que ouvia cada uma falar, dizendo das coisas materiais que traziam em cada viagem, meu pensamento me levou ao culto do domingo passado, à noite, qdo tivemos a oportunidade de mais uma vez conhecer as necessidades de um adolescente que veio da África para o Brasil para cuidados médicos e o quanto era caro o seu tratamento.
Falou-se também que ele estava se preparando para fazer uns exames para uma cirurgia em que ia se submeter e que precisava de ajuda.
Ouvi também falar de uma jovem da igreja que fazia alguns trabalhinhos para serem adquiridos pelos irmãos nos finais dos cultos, dando-lhes assim o privilégio de ajudar a este adolescente.
Querido irmão,
Como eu gostaria de ter visto nossos irmãos imitarem o gesto de apenas uma irmã que ali foi e ofertou o que tinha para ajudar na missão que esta jovem abraçou de coração, numa tentativa de aliviar o sofrimento de um irmãozinho!
Não é só o seu coração que grita, viu, José Eduardo?
Obrigada pelo texto. Ele me proporcionou a oportunidade de dar o meu grito também.
Uma ótima tarde pra você.
Deus o abençoe!
Lecir Marques
Lecir
Este espaço é nosso. É do corpo que se reúne, mesmo que virtualmente, para pensar - e agir! - juntos.
Uma andorinha não faz verão. Mas se a gente se junta e começa a falar as mesmas coisas, e espalha o que fala e pensa, pode ser que algo mude.
Por isso fiz isso aqui. Para espalhar. Então, espalhe para os amigos, escreva um blog também... Grite mesmo!
Abraços
Zé Eduardo
Ok, José Eduardo.
Divulguei o nosso grito. rsrs
Clique na foto que vc vai ouvir lá.
Abraços,
Lecir
Oi,Zé Eduardo.
Obrigada pela visita. Que bom que vc gostou de ouvir o grito lá também!
Volte sempre.
Uma boa noite pra vc.
Abrs,
Lecir
Querido Eduardo,
Sabe por quê?
Porque naquele tempo eles tinham encontros muito longos consigo mesmos e com Deus.
Eles meditavam!
Eles eram os senhores do tempo.
Hoje o tempo nos engole, somos seus escravos.
Sem meditação, atitude contemplativa, não há produção de bons textos, de acúmula de sabedoria.
Parabéns pela sacadinha.
Abraços, do Marcelo.
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