quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Não mudamos a cidade por falta de urgência?



Um dos "papas" de gestão nos EUA, John Kotter, escreveu um livro chamado Sentido de Urgência, onde mostra a necessidade das empresas e pessoas focarem mais naquilo que desejam entregar.

É um conceito empresarial.

Mas será que temos, como discípulos de Cristo, focado no que é importante?

Ou será que perdemos o sentido de urgência quanto ao chamado para sermos sal, luz, e para fazermos discípulos?

Me parece que o crescimento da igreja evangélica tem sido mais importante no aspecto quantitativo do que qualitativo. Ou seja, estamos enchendo as igrejas mas não estamos enchendo de discípulos as famílias, as ruas, as cidades, os escritórios.

E quanto a sermos sal e luz: Quando você olha ao redor, quando você lê as notícias, você percebe uma sociedade iluminada e conservada do mal? Estamos em franca luta contra o mal em todas as frentes, mas esse povo todo que mudou o rumo das eleições 2010 não deveria tornar a cidade mais justa?

Fico pensando com meus botões se REALMENTE levamos a sério a Palavra. Ou se CREMOS na Palavra.

Inferno ainda faz sentido para nós? Céu? Salvação? Justiça? Verdade?

Essas coisas ainda são urgentes ou perderam prioridade para uma boa situação financeira, um bom cargo, uma boa formação acadêmica?

É mais urgente para você se destacar no sociedade ou "gastar" um tempo com aquele menos favorecido, mostrando a ele, com sua experiência, como ter uma vida mais plena em Jesus?

É mais urgente o doente ou o cinema? Podemos ir ao cinema? É claro que sim! Mas, temos visitado os doentes? Os encarcerados? Ou isso não é importante?

Creio que perdemos a urgência da luta que travamos e daquilo que cremos.

Ou pelo menos daquilo que dizemos que cremos.

6 comentários:

Lecir Marques disse...

O seu post fez-me retornar ao meu tempo de adolescente, 12 anos, idade mínima permitida para entrar nos presídios. Doralice Batista, irmã dedicada, viveu toda a sua vida exercendo o ministério de visitação aos encarcerados. Lembro-me perfeitamente de tudo. Ela com o seu flanelógrafo, contando as histórias de Jesus de uma maneira muito simples (como Ele é) e assim distribuía semanalmente um pouco do seu sal e da sua luz àqueles que necessitavam de sabor e iluminação para as suas vidas.
Eu, com o meu acordeon, a acompanhava nessa missão evangelizadora, não só nos presídios como nas praças públicas da nossa cidade também.

Genail Pinheiro, outra irmã, que dedicou toda a sua vida ao trabalho de visitação nos lares. De segunda a sexta-feira, com sol ou chuva, levava palavras de conforto aos irmãos doentes da igreja e aos irmãos faltosos.

O trabalho destas irmãs eram realizados e mantidos unicamente pelo amor que tinham em seus corações pelas pessoas.

Louvo a Deus pela vida dessas queridas irmãs,e também pela vida do meu pai, que me possibilitou ajudar nesse trabalho, carregando em seus braços o meu acordeon para o presídio e praças. Exemplos deixados por pessoas queridas que hoje já estão com o Pai.
Penso que, se lá no céu entrasse a tristeza, com certeza esses irmãos seriam tristes, por ver a nossa acomodação nesses dias. Dias em que a prioridade é o nosso conforto. Acho que esquecemos que o mundo precisa conhecer o amor de Deus e a sua palavra.
Acho que esquecemos da nossa missão verdadeira.

Pergunto também: o que estamos fazendo como sal e luz do mundo?

José Eduardo,
A resposta está com aquele que aqui entrar, ler e refletir sobre esse seu texto de exortação.

A resposta está com os irmãos que a vida inteira lê em sua Bíblia:

“Vós sois o sal da terra; mas se o sal se tornar insípido, com que se há de restaurar-lhe o sabor? para nada mais presta, senão para ser lançado fora, e ser pisado pelos homens” (Mt 5.13).

O valor do sal não é no saleiro ou num saquinho, mas no seu uso, temperando a comida. Da mesma maneira, o grande valor do cristão não está no que ele faz num prédio chamado igreja, mas no que ele faz fora da igreja. Mais que ouvir nossos cânticos, o mundo precisa ver o evangelho em nossas vidas.

Que Deus nos perdoe, nos transforme e que a Sua bênção esteja sempre sobre nós.

Abrs,

Lecir

Lecir Marques disse...

O seu post fez-me retornar ao meu tempo de adolescente, 12 anos, idade mínima permitida para entrar nos presídios. Doralice Batista, irmã dedicada, viveu toda a sua vida exercendo o ministério de visitação aos encarcerados. Lembro-me perfeitamente de tudo. Ela com o seu flanelógrafo, contando as histórias de Jesus de uma maneira muito simples (como Ele é) e assim distribuía semanalmente um pouco do seu sal e da sua luz àqueles que necessitavam de sabor e iluminação para as suas vidas.
Eu, com o meu acordeon, a acompanhava nessa missão evangelizadora, não só nos presídios como nas praças públicas da nossa cidade também.

Genail Pinheiro, outra irmã, que dedicou toda a sua vida ao trabalho de visitação nos lares. De segunda a sexta-feira, com sol ou chuva, levava palavras de conforto aos irmãos doentes da igreja e aos irmãos faltosos.

O trabalho destas irmãs eram realizados e mantidos unicamente pelo amor que tinham em seus corações pelas pessoas.

Louvo a Deus pela vida dessas queridas irmãs,e também pela vida do meu pai, que me possibilitou ajudar nesse trabalho, carregando em seus braços o meu acordeon para o presídio e praças. Exemplos deixados por pessoas queridas que hoje já estão com o Pai.
Penso que, se lá no céu entrasse a tristeza, com certeza esses irmãos seriam tristes, por ver a nossa acomodação nesses dias. Dias em que a prioridade é o nosso conforto. Acho que esquecemos que o mundo precisa conhecer o amor de Deus e a sua palavra.
Acho que esquecemos da nossa missão verdadeira.

Pergunto também: o que estamos fazendo como sal e luz do mundo?

José Eduardo,
A resposta está com aquele que aqui entrar, ler e refletir sobre esse seu texto de exortação.

A resposta está com os irmãos que a vida inteira lê em sua Bíblia:

“Vós sois o sal da terra; mas se o sal se tornar insípido, com que se há de restaurar-lhe o sabor? para nada mais presta, senão para ser lançado fora, e ser pisado pelos homens” (Mt 5.13).

O valor do sal não é no saleiro ou num saquinho, mas no seu uso, temperando a comida. Da mesma maneira, o grande valor do cristão não está no que ele faz num prédio chamado igreja, mas no que ele faz fora da igreja. Mais que ouvir nossos cânticos, o mundo precisa ver o evangelho em nossas vidas.

Que Deus nos perdoe, nos transforme e que a Sua bênção esteja sempre sobre nós.

Abrs,

Lecir

José Eduardo disse...

Lecir

Você enriquece muito com seus comentários.

Eu penso que uma hora alguns malucos vão ter que se juntar e puxar a turma. Tipo: um mês de "vida cristã" - um fim de semana no asilo, outro no presídio, outro no hospital, etc...

Lecir Marques disse...

Que legal!
Quero estar entre esses malucos, pq a sabedoria de Deus é loucura para os homens.

Vamos orar, planejar e agir, não nos importando quantos somos.
O negócio é começar já, onde Deus nos mandar!


Abrs,
Lecir

Unknown disse...

Toda vez que paro pra refletir naquilo que deveria ser o principal foco da minha vida, fico pensando no que preciso mudar na minha vida e em mim pra que eu seja realmente sal e luz pra todos ao meu redor. Em que momento a minha vida ficou tao complicada que nao tenho tempo pro q é mais importante?
Mas nem sempre foi assim. Lembra da gente no lar samaritano? A gente nao precisava d mt coisa nem d muitos. Chegávamos la, cantavamos louvores, levavamos uma palavra de conforto, ouviamos um pouco o q eles tinham a dizer, davamos um lanche gostoso, e sentiamos um profundo amor no nosso coração por cada um deles. Era a gente q era abençoado. Era a gente sendo sal e luz.
Quero isso d novo pra nossa vida. Então, me inclui nesse grupo de malucos!
Bjs

José Eduardo disse...

Ana

Meu amor: é claro que seremos sempre malucos juntos!